Uma vez mais minhas imagens sofrem CENSURA em redes sociais, em específico, no Facebook. Fotógraf@s que trabalham com nudez, erotismo, fotografia adulta, entre outros temas, se tornam vítimas de alguma repressão com bastante frequência.

No entanto, vejam bem, o corpo recriminado não foi qualquer um. O corpo que foi escolhido, entre outros da série que postei, é sim, um determinado corpo. Tem formas próprias, foge do padrão rigoroso e misógino oferecido as mulheres e foi retratado, livre, vivo, autônomo, e respeitosamente captado a partir de uma perspectiva artística.
Fico sempre me perguntando: será este o problema? Porque não vejo @s encarregad@s do Facebook, nem muitos usuári@s incomodad@s com a enxurrada de imagens horrendas e desrespeitosas, de gente vestida, que inundam esta rede social. Ah, será porque el@s curtem torpeza e/ou não tem maturidade para reconhecem a vilania da coisa?
Não sei. Suspeito.
Para além, o conteúdo da minha imagem foi denunciado como VIOLENTO.

Sim, violento.
Eu, como pesquisadora que sou em essência, me pergunto: quem são as pessoas que se sentem ofendidas, violentadas por um corpo nu, representado artisticamente, e escolhem perpetuar outras imagens: estereotipadas, virulentas, brutas?
A nudez, aquela representativa, que quebra paradigmas, que não envergonha, que não humilha, nem embaraça: ofende @ "eunuc@"?
Que tipo de constituição cognitiva, emocional, social, leva uma pessoa a se sentir tão constrangida na presença de um nu (como este)? Mais: como se relaciona este indivíduo com o próprio corpo? Como a criatura se sente diante da autonomia do corpo d@ outr@? Como vê e vive este outro corpo? Como pensa (?) a experiência corporal? E, obviamente, como pessoas assim fazem (?) sexo..? E que sexo fazem? ... ... ...

Perguntar não ofende (?). A resposta para muitas eu já, inclusive, tive o desprazer de experienciar.
O que resta a fazer é claro, continuar postando, e esperar pelo próximo bloqueio... ;)