Foto ampliada no lab PB de fotografia da Unoesc, em Xanxerê, durante uma aula prática, onde os alunos (e eu) sempre se maravilhavam com a mágica da ampliação fotográfica.
A imagem é o resultado de uma dupla exposição realizada na ampliação. Primeiro a ser exposto sobre o papel, o negativo da foto do alto do Empire State Building, na cidade que nunca dorme. Depois, o segundo negativo: um close de um olho, foi igualmente exposto sobre o mesmo papel. Com a experiência, a gente sabe quanto tempo leva para as figuras se assentassem no papel como a gente deseja - com determinadas nuances de cinza, do branco-branco, ao preto-preto - através de uma determinada abertura no ampliador, sem muitos testes. Errar é muito produtivo, voce reconhece, um dia, na vida.
Pois bem, de pronto, percebi um fato curioso e passei a usar esta determinada foto nas aulas para demonstrar como nosso olhos enxergam, percebem, geralmente , uma pequena parte da ação, devido a uma série de fatos que envolvem todo o mecanismo de ver/perceber. Um livro ótimo, que eu recomendo - principalmente para fotógraf@s - sobre a forma como vemos é: " O Olho: Uma História Natural da Visão", de Simon Ings. Tudo sobre a fisiologia dos olhos, como se processa a visão e de como isso influencia a pratica de ver.
Então, voltando a tal foto, na imagem ampliada, na tela ou na parede das salas de aula, muit@s alun@s não conseguiam ver/perceber onde o olho estava. Procuravam, buscavam e nada. Somente depois que eu indicava o local e direcionava a atenção del@s para aquele ponto, é que o olho era percebido. Isso não demonstra qualquer anomalia ou falha. É sim, uma demonstração efetiva também, de como nossos olhos/cérebro funcionam. Um teste bem bem reconhecido é o da atenção seletiva :
Talvez, na tela do smartphone, por ser menor e concentrar mais informação, fique mais fácil de ver... No entanto, eu não sei como é não ver o olho porque, como eu produzi a imagem, meu cérebro sabe que o olho está ali rsrs .
E vcs? Conseguem divisar onde ele está ?
