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  • Ma. Viviane Rodrigues Peixe

"THEY LIVE" É PONTUAL SOBRE A VIDA CONTEMPORÂNEA


John Carpenter não só dirigiu o filme como também compôs a assustadora trilha de "Halloween", um clássico do cinema de terror, de 1978.

Lembram da música tema espetacular?

O reconhecido diretor de cinema cult, foi o realizador de vários obras para Hollywood, como "Starman", de 1984; "Os Aventureiros do Bairro Proibido", de 1986; "Fuga de Los Angeles" (1996), entre outras.

No entanto, é um filme enigmático e subversivo de 1988, "They Live" (Eles Vivem) , que nos interessa. Produzido com um orçamento baixo de R$4 milhões de dólares, a obra se destaca pela ironia e paródia.

John Nada - isso mesmo! - (Roddy Piper, um famoso lutador canadense de telecatch) é um sem-teto, que chega a Los Angeles e arranja emprego como operário da construção civil. Ao invadir uma casa abandonada para viver, ele acha uma caixa cheias de óculos de sol. Embora aparentemente comuns, ao colocá-los, Nada passa a enxergar tudo (péssima gracinha com os antônimos), que no caso é a verdadeira e horrenda forma de criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens "subliminares"

espalhadas por todos os lugares, a que a população de sujeita.

Ele percebe, então, que os extraterrestres invadiram e controlam a vida no planeta. Ele se junta a um companheiro de trabalho, Frank (Keith David), e se engajam em um movimento de resistência, considerado, claro, subversivo pelo estado.

O filme, se utilizando de todas as opções próprias do cinema B ( linguagem simplificada, roteiro literal, efeitos especiais muito próprios, digamos, etc. ) ilustra uma sociedade oprimida e controlada pelas mídias massivas e faz uma crítica bem-humorada a sociedade consumista e conformista, tanto que Carpenter diz em entrevistas, que a obra é um documentário e não uma ficção.

"Eles Vivem!" possui um discurso que o aproxima de outra obra, "V de Vingança" - realizada 17 anos depois, em 2005, dirigida por James McTeigue, produzida e roteizado pelas irmãs Wachowski (realizadoras da trilogia "Matrix" e mais recentemente da série "Sense 8", da Netflix), em uma adaptação dos quadrinhos de Alan Moore e David Lloyd, publicada pela DC Comics).

Vale a pena ver! As comparações com a vida na sociedade brasileira atual são evidentes. Eu não sei quanto a você, mas se alguém resolver ligar a TV no telejornalismo nacional, é isso que vai encontrar, e nem precisa de óculos.

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