Uma das coisas que aprendi na minha vida profissional, como repórter e fotógrafa (porque a gente treina o olho e o coração) é que, depois da opressão cerrada, da dor aterradora, dos maus-tratos reiterados: o músculo reage aterrorizado e se contrai, a pele se adstringe imediata e se enruga - quando há um movimento qualquer,espontâneo, próximo a carne...
De tanto medo, aquel@ pessoa ali, a sua frente, adestrou o corpo a violência persistente. Ao ataque imerecido e brutal. Aquele que pega de surpresa.
O corpo diz coisas profundas sobre os caminhos que fez, sobre as experiências do viver, sobre a sociedade em que habita.
Como não se interessar querençosamente por ele e por todos os significados que traduz e enuncia?