Lembrei apenas de alguns bons filmes e as boas reflexões que oferecem e resolvi postar. A linguagem de um ou outro foge ao padrão hollywoodiano - mas vale a tentativa.
1 Selma — Uma Luta Pela Igualdade, de Ava DuVernay
É uma cinebiografia de Martin Luther King. O filme acompanha as marchas entre a cidade de Selma, no interior do Alabama e Montgomery, a capital do Estado e todas as intrincadas questões sócio-políticas da época - ainda tão presentes. Um filme aguerrido que ilustra que nenhum direito é dado , e sim, conquistado. Para mim, uma obra muito superior a "12 Anos de Escravidão", uma ode a espera e a submissão.
2 Meu Nome é Ray, de Gaby Dellal
Ramona tem 16 anos e está desesperada para viver a vida como ela realmente é: um menino. Para realizar o sonho, Ray (Elle Fanning) - o nome social que ela escolheu - embora conte com o apoio da mãe (Naomi Watts), precisa pedir autorização ao pai, para começar o tratamento hormonal, com quem nunca teve contato, e que já possui outra família.
3 O Menino que Descobriu o Vento
Malawi quer mudar a vida dos amigos da vila em que mora e para isso quer desenvolver uma turbina de vento. O diretor é o ator premiado Chiwetel Ejiofor que resolveu produzir a história real, que ilustra a importância da educação, da união, do respeito, e da necessidade de políticas de proteção aos seres humanos.
4 Crescendo como Coy
Uma família norte-americana luta para que a escola de sua filha permita que a menina trans possa usar o banheiro feminino. A produção mostra um pouco da crueldade diária com que conservadores, religiosos e instituições tratam as/os transgêner@s.
5 Nossas Noites, de Ritesh Batra
Comédia romântica com Robert Redford e Jane Fonda que fala sobre o amor na terceira idade. Depois de muitas noites solidárias em casa, Addie visita Louis (Robert Redford), seu vizinho de longa data e lhe faz uma proposta inusitada.
6 Inspire, Expire
O filme islandês mostra os laços entre Lára, uma mãe, ex-adicta, em treinamento para trabalhar no serviço de imigração do aeroporto e Adja, uma imigrante africana tentando ir ao Canadá, que acaba presa.
7 Miss Representation
Escrito, produzido e dirigido por Jennifer Siebel Newson, Miss Representation apresenta os impactos da mídia na sociedade. Através de pesquisas, inúmeros depoimentos e muitos dados, a cineasta analisa o impacto social da má representação de mulheres nas inúmeras variadas plataformas de comunicação e informação e como isso influencia a vida das meninas e mulheres. Faz também um paralelo do efeito que a misoginia causa na representatividade feminina no cenário político.
8 The Mask You Live In
Jennifer Siebel Newsom também produziu em 2015 esse trabalho onde aborda como a ideia do macho dominante afeta psicologicamente crianças, jovens e, no futuro, adultos. O documentário reflete sobre os prejuízos que uma cultura repressiva - que não permite que os homens lidem com as próprias vulnerabilidades - traz as relações, em todos os graus.
9 O Começo da Vida
O documentário reflete sobre os primeiros meses de cada ser humano que habita no planeta e toda a diversidade de maneiras com que podemos viver e educar - nessa imensa variabilidade cultural.
10 - Conspiração e Poder, de James Vanderbilt
Foi Mary Mapes, (Cate Blanchett) premiada editora do programa de TV "60 Minutes" - que cunhou uma frase que cabe perfeitamente para o que vivemos na atualidade: "quando a verdade se revela insuportável e sem sentido, preferimos a ficção". O filme baseado em fatos reais, trata da denúncia jornalística contra o ex-presidente George W. Bush durante a campanha de reeleição, em 2004 e como a pressão midiática e a campanha para desacreditar a veracidade das acusações.
11 Farol das Orcas
O filme se passa na Península de Valdés, na Patagônia e conta a história real do biólogo argentino Roberto Bubas. Agustin, menino com autismo, é levado pela mãe à Patagônia para conhecer as baleias, como último recurso para obter alguma melhora no quadro de autismo severo do filho.
12 The Fundamentals of Caring
Ben é um escritor que decide ser cuidador depois que sofreu uma tragédia pessoal. Trevor, um jovem boca-suja de 18 anos com distrofia muscular é seu primeiro cliente. Juntos, saem viajando, visitando os lugares com os quais Trevor sonhava depois de assistir ao noticiário de TV.
13 Para Sempre Alice
O filme de Richard Glatzer e Wash Westmoreland é baseado num no livro de mesmo nome, escrito por Lisa Genova. Juliane Moore, é Alice, uma professora que manifesta, ainda muito jovens, sintomas de Alzheimer. O filme reproduz os desafios de viver como profissional, mãe e esposa e de ser portadora da doença.
14 Frankie and Grace
Dos cocriadores de Friends, a série tem Jane Fonda e Lily Tomlin como duas mulheres totalmente diferentes que acabam vivendo na mesma casa depois que os respectivos maridos anunciam que se amam.
15 Não sou um Homem Fácil
Escrito e dirigido por Éléonore Pourriat, mostra o clássico macho alfa, predador de mulheres no trabalho e nas relações, que após um acidente acorda em uma realidade em que o sexo feminino é o dominante, ou seja, em uma sociedade femista.
Diversão com reflexão. Sei que existem centenas de outros, mas foram os que me vieram a cabeça! Aqui, uma lista geral antiga, mas interessante com cinema de arte e de Hollywood.